quarta-feira, 27 de agosto de 2014

São Paulo – Vicolo Nostro


Fraldinha com batatas sauté, uma das opções do bom menu executivo

Restaurante italiano tradicional com cardápio inspirado na cozinha do norte da Itália. Instalado em um casarão antigo em uma rua tranquila no bairro do Brooklin (Zona Sul), que no passado foi uma fábrica de pães, é dono de um dos ambientes mais bonitos de São Paulo.

Vicolo quer dizer “viela” em italiano, uma referência às vielas (vicolos) situadas no centro das cidades italianas, e este é o mote do lugar. A fachada do charmoso casarão é cercada por plantas e flores, na entrada arborizada uma imagem medieval de Maria adquirida em Siena abençoa os(as) visitantes e apresenta a belíssima varanda, um jardim com imensas hortênsias naturais acompanhado por uma fonte autêntica dos anos quarenta.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

San Gimignano – Gelateria Dondoli: Sim, eles fazem o melhor gelato do mundo


Pistacchio e Bacio

A bela San Gimignano, na Toscana, não é famosa apenas por suas torres medievais. Muitos turistas (eu me incluo nesta lista) visitam a cidade para provar os sabores da Gelateria di Piazza, mais conhecida como Gelateria Dondoli, bicampeã da “Coppa del Mondo della Gelateria”, o campeonato mundial de sorvetes, nos anos de 2006/2007 e 2008/2009. Disputada a cada 2 anos, a edição de 2014 foi vencida pela equipe francesa.

Sempre com longas filas na porta, a casa do mestre-sorveteiro Sergio Dondoli está localizada na Piazza della Cisterna, um dos cartões-postais da cidade. Por dia, são produzidos e vendidos 400 quilos de sorvete, sendo que nenhum sabor fica na vitrine de um dia para o outro.

Cefalù – Il Giardino dei Sapori: A melhor pizza da Itália


Tonnata com borda recheada de emmenthal

Chegamos em Cefalù cheios de expectativas, e saímos repletos de decepções. No quesito gastronômico, várias casas “pega-turistas”, mas nada foi capaz de atrair nossa atenção. Após uma breve passagem pelo Locanda del Marinaio, com cozinha competente mas não o suficiente para voltarmos, tentamos passar no único mercado da cidade para comprar algo para comermos, mas demos com a cara na porta (coisas de domingo).

Decidimos circular um pouco pelo centro, cansados e famintos, e por acaso passamos em frente a esta pizzaria, com letreiro reluzente de neon, provavelmente o único restaurante aberto na cidade em pleno domingo à noite. Okay, sabemos que pizza na Itália nunca nos agradou, mas não tínhamos outra opção. Ainda bem que entramos, que pizza deliciosa, de longe a melhor que comi na Itália!

sábado, 23 de agosto de 2014

São Paulo – Byblos Cozinha Árabe


Esfiha da casa, com salame árabe e queijo de cabra

Casa libanesa localizada no bairro do Campo Belo (Zona Zul), comandada pela chef Nohad El Kadre (Chez Nohad). Misto de restaurante/rotisserie, tem ambiente simples e agradável, pratos fartos e bom custo/benefício, indicado para aquele almoço rápido, a happy-hour com os amigos ou uma refeição com várias pessoas, onde a idéia é pedir vários pratos e experimentar diferentes sabores.

Comece a refeição com o ótimo “trio de hommus, coalhada seca e babaghanuj” (R$ 30,50), todos acima da média dos demais restaurantes árabes da cidade. A coalhada é super aveludada e quase sem acidez (como eu gosto), o babaganuche tem sabor defumado intenso e textura incrível, e o hommus brilha pela suavidade. Viciante de tão bom.

São Paulo – Restaurante Makanudo


Vacio

Confesso que a pior parte de ter um blog de gastronomia é criticar um estabelecimento. Infelizmente não posto apenas elogios, se a experiência não foi boa, é nosso papel (dolorido, concordo) registrar o que ocorreu (não sem antes procurar falar com os(as) proprietários(as)) e acreditar que isso ajudará a melhorar o que não estava bom.

Casa aberta em Abril, o nome “Makanudo” vem da palavra espanhola “macanudo”, também usada no sul da Argentina para designar “bacana”. Ambiente agradável, atendimento esforçado (embora a dinâmica e a abordagem ainda precisem de ajustes). Evite sentar-se nas mesinhas do corredor, funcionários fumam do lado de fora e parte da fumaça invade o corredor.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

São Paulo – Moocaires: Um argentino em território italiano



Conheci o Moocaires por indicação de uma colega, amante da boa gastronomia mooquense. Aberto em 2007, este restaurante/boteco é especializado em empanadas argentinas e reduto de torcedores do Boca Juniors. Me apaixonei de cara pelo slogan da casa, “Su casa Argentina en la Republica de la Mooca”, afinal mooquense que se preza sabe que a Mooca é muito mais que um bairro de SP.

Dentro da casa fala-se espanhol, com aquele sotaque argentino característico. É território italiano, mas parece que você está em um bar típico em La Boca, com as tradicionais camisas de futebol, quinquilharias, quadros e gravuras nas paredes, reunindo personagens históricos, jogadores de futebol (argentinos, lógico!) e charges da querida Mafalda. Lá, as bandeiras do Boca e da Mooca dividem espaço com o escudo do Juventus. No salão dos fundos, um projetor garante a animação em dias de jogos.

São Paulo – Hokkai Sushi (Unidade Brooklin)


Combinado Salmão

Uma agradável surpresa, é assim que posso classificar o Hokkai, restaurante japonês com cinco endereços na cidade (Tatuapé, Penha, Brooklin, Vila Madalena, Vila Carrão), além de uma loja em Mogi da Cruzes (Grande SP).

Visitamos a unidade do Brooklin, um quiosque estrategicamente instalado dentro do supermercado Mambo da Avenida Vereador José Diniz (entre a Jornalista Roberto Marinho e a Roque Petroni Júnior, sentido Zona sul), perfeito para aquele combinado ou temaki antes (ou depois) das compras.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

30 dias na Itália: Taormina, Sicília


Teatro Greco com a Baía de Naxos e o Vulcão Etna ao fundo

A história de Taormina começa na Idade do Bronze, época em que surgiu na região a primeira aldeia neolítica, já murada. Os gregos chegaram em 832 a.C. e fundaram Naxos, a primeira colônia grega na Sicília. Por ser aliada de Atenas, Naxos foi destruída pelas tropas de Dionísio, tirano de Siracusa e aliado de Esparta, em 403 a.C. Os habitantes fugiram para o Monte Tauro e em 358 a.C. e fundaram uma nova cidade, chamada Tauromenium (posteriormente Taormina).

Charmosa e encantadora, a pequena Taormina (11 mil habitantes) é o mais famoso resort da Sicília, situada numa colina 206 metros acima do nível do mar. Com exuberante paisagem natural, consegue oferecer ao mesmo tempo uma vista panorâmica do Mar Mediterrâneo e Vulcão Etna, praias de água morna e cristalina, e uma variedade de monumentos históricos.

Como chegar: Partindo de Catânia (3h30 de voo a partir de Milão), você pode percorrer os 50km até Taormina de carro (via A19 e A18, cerca de 40 minutos), trem (cerca de 45 minutos via Trenitalia, com saídas diárias de Catania Centrale) e ônibus (1h10 de viagem via Etna Trasporti, com saídas do aeroporto a cada 20 minutos).

Quanto tempo ficar: 2 dias, 1 dia para o Centro Histórico, 1 dia para Isola Bella, praias e Castelmola.

O que fazer:

1) Teatro Antico
Sem dúvidas a principal atração de Taormina e uma das mais importantes da Sicília. Os gregos construíram este anfiteatro no século 3 a.C. para apresentações de teatro e música, já os romanos o modificaram no século 2 d.C. e o usaram para espetáculos sanguinários de lutas entre gladiadores e com animais.



Escavado na rocha em uma das faces do monte Tauro a uma altitude de 205m, tem capacidade para cinco mil espectadores, palco com 35 metros e auditório com diâmetro com exatos 109 metros, dividido em nove setores. A principal e notável característica desta arena é a vista panorâmica da costa oriental da Sicília, por trás do palco, cenário que ainda é o mesmo dos tempos da Magna Grécia: o Vulcão Etna e o Mar Jônico. Bem conservada, a estrutura recebe shows, concertos, óperas e espetáculos de ballet (agenda aqui).



Mesmo sem nada em cartaz, visitá-lo e admirar a paisagem de cartão-postal é o primeiro programa que todo mundo faz em Taormina. A entrada custa €8 e você pode alugar um audio guide por mais €4.

2) Corso Umberto I
Principal via da cidade. Com pouco mais de 1km, corta o centro histórico de Taormina de ponta a ponta, com início na Porta Messina (lado norte, datada de 1808) e fim da Porta Catania (sul, datada de 1440), que faziam parte do sistema de fortificação triplo construído pelos árabes para defender a cidade.


Crédito pela foto: blog Passagem Gastronômica



Chamada pelos romanos de Via Valeria, a avenida era parte integrante da estrada que chegava até Catânia. Atualmente é uma rua peatonal e shopping ao ar livre, reunindo galerias de arte, antiquários, lojas de roupas, artesanato, embutidos, vinhos e souvenirs, além de restaurantes e cafés. As ruelas com escadas que se abrem dos dois lados da via, com seus jardins e fachadas enfeitadas com flores, também merecem uma caminhada.


Porta Messina


Porta Catania

Repleta de prédios históricos e igrejas que mesclam diferentes estilos arquitetônicos, do árabe ao normando, do gótico ao barroco, fazem desta via singular um verdadeiro museu a céu aberto. Destaques para o Palazzo dei Duchi di Santo Stefano (século 13), Palazzo Ciampoli (século 15), Palazzo Corvaja (século 10) e Chiesa di Santa Caterina (século 17). O Naumachie, um monumental reservatório de água da época romana com 122 metros de comprimento e 5 de altura, e o Odeon, teatro romano construído pelo Imperador Otaviano no século 2, localizado na Piazza Vittorio Emanuele, também são atrações imperdíveis.


Visão chata que você terá no final da Corso Umberto I

3) Piazza IX Aprile 
A praça mais bonita da cidade. Reúne a antiga Chiesa di Sant’Agostino (século 15), erguida em estilo gótico para devoção a São Sebastião. Com a chegada dos frades agostinianos, foi ampliada, convertida em mosteiro e passou a venerar Santo Agostinho. Passou por grandes mudanças no começo do século 18, quando o grande arco ogival do portal principal foi substituído por um lintel de pedra. Em 1933, a igreja foi convertida em biblioteca dedicada a abrigar as coleções do convento. Em 1981, todo o edifício foi restaurado e desde 1985 e é usado como Biblioteca Municipal.


Chiesa di Sant’Agostino

A bela Chiesa di San Giuseppe (século 17) foi construída em estilo barroco, facilmente reconhecida pela paisagem de cartão postal com sua imponente escadaria dupla de pedra na frente e o Castelo Sarraceno no fundo. A igreja era o centro da "Irmandade das almas do Purgatório", por isso em diferentes partes da fachada, bem como dentro da igreja você pode ver as figuras humanas no meio das chamas que simbolizam a purificação dos pecados. No interior, a igreja tem uma única nave com um transepto, que tem em seu centro uma cúpula de onde se pode admirar um afresco de São João Bosco crianças entre Maria e Jesus.


Chiesa di San Giuseppe

O último prédio histórico da praça é a Torre dell'Orologio. Primeiramente construída no século 12 sobre as ruínas de uma antiga construção de muros defensivos que data do século 4 a.C., foi destruída pela invasão das tropas francesas de Luís XIV em 1676. Em 1679, a mando de Taormina, a Torre foi reconstruída e, quando foi instalado o grande relógio que a caracteriza hoje. Na parte inferior, um arco de pedras chamado “Porta di Mezzo” conecta a Taormina helenística ao antigo borgo medieval – não deixe de observar o belo afresco “Madonna Col Bambino”, pintado no século 12.


Torre dell'Orologio

Da varanda da praça você tem uma visão panorâmica da Baía de Naxos, Vulcão Etna e ruínas do antigo teatro de Taormina.

4) Piazza Duomo
Localizada na Corso Umberto I, perto da Porta Catania, a praça é sede do Duomo (Catedral) de Taormina, edifício medieval do século 13 erguido sobre as ruínas de uma igreja dedicada a São Nicolau de Bari. O estilo gótico lembra uma fortaleza, por isso é chamada de “Cattedrale fortezza” (catedral fortaleza). O prédio sofreu inúmeras reconstruções durante os séculos 15 e 16, e a última grande restauração foi concluída entre 1945-48.


Duomo

O interior é simples, uma cruz latina com três naves e três absides. Nos dois lados, há seis altares. A nave é suportada por seis colunas de mármore rosa de Taormina, três de cada lado, e capitéis com motivos de folhas e escamas de peixe. O teto é caracterizado por grandes vigas de madeira esculpida com motivos árabes em estilo gótico. A fachada é caracterizada por uma coroa de ameias, enquanto a torre traseira permanece como um bastião no qual foram instalados os sinos em 1750. O portal principal foi reconstruído em 1636, com uma grande rosácea em estilo renascentista. Foi elevada à categoria de basílica pelo papa João Paulo II em 1980.


Fontana del Tauro

A Catedral é acompanha pela “Fontana del Tauro” (ou “Quattro Fontane”), uma fonte em estilo barroco erguida em 1635 onde destacam-se quatro pequenas colunas que circundam a base central, cada uma com um cavalo-marinho com boca em formato de chafariz (atualmente, apenas um cavalo está funcionando). A torre central é ornamentada por figuras decorativas que sustentam duas bandejas, no topo há um centauro, símbolo da cidade de Taormina, com uma coroa na cabeça, um cetro na mão direita e um globo na esquerda.

Do outro lado da rua está o Palazzo dei Giurati ou Palazzo Municipale, sede da Prefeitura de Taormina, prédio em estilo rústico que remonta a meados do século 17. Na entrada há uma placa escrita em latim, que é o brasão de armas do rei de Espanha e Sicília. Na frente do primeiro lance de escadas, encontramos o brasão de armas de Taormina, com o Centauro. Mais acima, outro grande brasão com várias decorações.

5) Giardini della Villa Comunale (Giardino Pubblico)
Conhecido como um dos jardins públicos mais bonitos da Itália, construído no século 19 em estilo inglês, abriga cerca de 200 espécies de plantas, estátuas, bustos comemorativos, fontes, memoriais e relíquias de guerra, torres antigas e uma varanda de tijolos com enormes jarros de barro e vista panorâmica da Baía de Naxos e do Vulcão Etna.



O parque foi originalmente a casa de Lady Florence Trevelyan, inglês prima nobre da rainha Vitória que viveu em Taormina em 1884 e casou-se com o prefeito da época, o professor Salvatore Cacciola. O parque tornou-se propriedade municipal em 1922. Distribuído em diferentes níveis, abrange uma área com cerca de 3 hectares.



Na entrada central, em um banco de jardim fica a escultura “Angeli del Nostro Tempo", que descreve duas figuras, um homem e uma mulher, com asas de anjo e roupas modernas. Tornou-se tradição sentar-se no banco para ser fotografado(a) ao lado dos anjos. Na parte central do jardim repousa um imponente memorial de guerra, acompanhado por um canhão da I Guerra Mundial e um torpedo da II Guerra Mundial.



Outros destaques do parque são a Avenida das Rimembrane, fechada com oliveiras centenárias dos dois lados, e as incríveis construções conhecidas como “victorian follies”, que misturam estilos românico, gótico e barroco, feitas com tijolos vermelhos e blocos de pedras, e que no passado foram usados para acomodar amigos da nobre ou apenas como abrigo para refletir, ler e observar os pássaros.


Victorian follies

Horário de funcionamento: Todos os dias das 9hs à meia-noite (20hs no inverno).
Para mais informações sobre o parque, clique aqui.

6) Castello Sarraceno (ou “Castello di Taormina”) e Santuario Madonna della Rocca
O Castello Sarraceno é uma estrutura medieval erguida no topo do Monte Tauro, quase 400 metros acima do nível do mar. Usado como fortaleza por árabes, gregos, romanos e bizantinos, sua data da construção é desconhecida, calcula-se que seja dos séculos 9-10. Fechado à visitação há décadas, a subida só vale a pena pela visão panorâmica da baía, do Mar Jônico, do Etna e de Taormina. Atualmente não passa de um pátio cego, as paredes exteriores com 4 metros de altura estão intactas, porém pouco sobrou do interior: algumas ruínas, cisternas para coletar água da chuva e um corredor subterrâneo para armazenar suprimentos e armas.



No caminho para o castelo, você vai passar pelo Santuario Madonna della Rocca (século 17), importante ponto de peregrinação. De arquitetura bem modesta e rústica,é um edifício baixo com um único compartimento, instalado na mesma gruta que supostamente registrou uma aparição de Nossa Senhora. A fachada tem batentes de portas e arquitraves em pedra, duas janelas simétricas e teto de rocha sólida.



Atrás da igreja, há uma pequena capela abandonada, enquanto no Sudeste há um espaço que já foi o quintal dos eremitas, localizado na borda do penhasco. No limite desse espaço há uma grande cruz de concreto, construída em 1930, que olha para o Oriente e é iluminada à noite, com vista para Taormina e visível de todos os lados.

7) Praias
Falar em praia em Taormina é falar de Isola Bella. Conhecida como “A Pérola do Mediterrâneo”, esta pequena ilha está localizada em uma baía do Mar Jônico. Doada pelo rei Fernando I à cidade de Taormina em 1806, foi adquidida em 1890 por Lady Florence Trevelyan (a mesma do Giardino Pubblico), que lá construiu uma pequena casa de frente para o mar e mandou importar plantas exóticas, que prosperaram no clima mediterrâneo.



Foi propriedade privada até 1990, quando foi comprada pela região da Sicília e transformada em uma reserva natural, lar de várias espécies de aves e alguns tipos de lagartos, administrada pela filial italiana do Fundo Mundial para a Natureza. Cercada por água morna, azulada, cristalina e sem ondas, é possível nadar em volta da ilha. Na maré baixa, há um caminho estreito que liga a ilha ao continente.



A costa de Taormina tem no total cinco praias, chamadas Giardini Naxos, Mazzarò (a mais famosa), Spisone, Mazzeo e Letojanni, com águas mornas e cristalinas. Saindo do centro histórico, você pode pegar o Funivia, teleférico que sai na Via Luigi Pirandello, nos arredores da Porta Messina, e chega à praia de Mazzarò. Em todas, é possível alugar guarda-sol e cadeiras para curtir o sol nos “lidos” (praias particulares) ou “spiaggia” (praias públicas), ou fazer um passeio de barco para visitar a Grotta Azzurra e a reserva natural de Isola Bella.



8) Castelmola
Cerca de 5km de Taormina, escavada na rocha e erguida no alto de um penhasco cerca de 530 metros acima do nível do mar, é preciso vencer uma estrada bem sinuosa para chegar a este vilarejo charmoso, com pouco mais de 1000 habitantes, considerado por muitos um dos burgos mais bonitos da Itália. Além da vista panorâmica do Mediterrâneo, Etna e Taormina, Castelmola tem brilho próprio, com suas ruas estreitas de paralelepípedos, construções centenárias de rocha maciça, casinhas coloridas, mirantes. Sem dúvidas uma opção de passeio para quem pretende passar alguns dias em Taormina, meio dia é mais que suficiente para conhecê-la.



No ponto mais alto da cidade estão as ruínas do Castelo Normando (século 9), na Piazza Duomo está a igreja São Nicolau de Bari, com sua nave única, quatro altares de mármore e estátua de madeira de Maria Madalena (século 18). Vale a visita nas igrejas de San Giorgio (1450), com sua torre sineira fina e um admirável portão de ferro forjado, San Biagio (século 11), a mais antiga da cidade, e Anunciação (século 12), erguida em agradecimento à Virgem pela vitória sobre os sarracenos. A Piazza Sant’Antonio (1954), com seu chão de mosaicos e atmosfera das pracinhas sicilianas de antigamente, é também a casa do histórico Caffè San Giorgio (século 18), criado por monges e usado como uma taverna. Feche o tour com uma visita às cisternas de 367 a.C., na Porta Sarraceni.


Piazza Sant’Antonio

Castelmola faz parte do roteiro “I borghi più belli d'Italia”, uma associação privada que promove pequenas cidades com status de grande interesse artístico e histórico. Atualmente 217 cidades integram este grupo.

Para saber mais sobre Castelmola, clique aqui e aqui.

Onde comer:
Ristorante L'Incontro

Uma rápida caminhada por Taormina foi suficiente para percebermos o quão cara é a cidade. Sabíamos que a conta do restaurante seria alta, só esperávamos encontrar um lugar com boa comida. A parte muralhada tem muitas opções, todas com ares de “pega-turista”. Após uma pesquisa do TripAdvisor, encontramos este restaurante, tido como um dos melhores da cidade, localizado do lado de fora da muralha. Como fica fora do burburinho...


Laboratorio Pasticceria Roberto: Na cidade onde você encontra uma casa "especializada" em cannoli a cada esquina, o Roberto reina. Tido por muitos como o melhor da Sicília, o "Il Mago del Cannoli" faz um doce realmente saboroso, com massa perfeitamente crocante e ricota quase perfeita - só peca porque ela é batida de manhã e fica na geladeira o dia todo, o que altera a temperatura e estraga um pouco o sabor. É claro que o giro é grande, mas você corre o risco de chegar lá e a ricota estar fria, um pecado. Mesmo com este porém, asseguro que você não comerá cannoli melhor na Sicília.



Endereço; Via Calapitrulli, 9
Telefone: +39 0942 626263
Horário de funcionamento: Todos os dias das 9hs às 21hs.

L'Arco About Pizza: Depois da decepção do L'Incontro, supostamente um dos melhores da cidade, ficamos perdidos, sem saber onde comer. Localizada a poucos passos da Porta Catania, esta pequena pizzaria take-away salvou nossa estadia em Taormina. Massa grossa estilo "Pan" da Pizza Hut, recheio generoso (algo raro na Itália) e vendida em pedaços retangulares (€2,50 cada), fez nossa alegria em duas refeições. Messinese (anchovas, tomate cereja, endívia), Prosciutto con Funghi (presunto crú com cogumelos funghi), Diavola (pepperoni) e Margheritta são alguns destaques.


€5 por uma refeição completa e saborosa para duas pessoas

Endereço: Corso Umberto I, 240
Telefone: +39 3392034086

Bar Capriccio: Na nossa tentativa de encontrarmos um bom gelato, conhecemos esta casa na Corso Umberto I. Provavelmente é o melhor sorvete da cidade, provamos cinco sabores (Nutella, fiordilatte, pistache, tangerina e fruta do bosque), mas se compararmos com vários outros que tomamos na Itália, tem textura apenas razoável, os sabores com leite são bons, mas os de frutas parecem artificiais. Refresca sem ser inesquecível. Vende também salgados (croissant, arancini, etc) e um cannoli de ricota pouco atraente, grande e com massa grossa demais.



Endereço: Corso Umberto I, 85
Telefone: +39 0942 23939

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Castellammare del Golfo – Ristorante Cumpà


Caponata Alla Siciliana

Localizado na avenida principal do porto de Castellammare del Golfo, este restaurante fica bem escondido no começo da rua. Indicação do pessoal do Tannur B&B, onde ficamos hospedados por três noites, foi o único lugar na Sicília com um prato no TOP10 da viagem.

Dada a escassez de bons estabelecimentos na cidade, fizemos duas visitas no restaurante, ambas na hora do almoço. Casa pequena, o atendimento foi conduzido pelos dois sócios e pelo chef, que nos deram quase atenção total – éramos nós e mais duas mesas no máximo, pelo que entendemos o movimento é maior à noite.

domingo, 10 de agosto de 2014

Porto Alegre – Polska Restauracja


Bigos Staropolski

O que você conhece da gastronomia polonesa? Com grande influência das culturas turca, alemã, húngara, judaica, russa e francesa, além de culinárias coloniais do passado, a mesa de uma família polonesa é farta e substanciosa, rica em carnes, massas e bolinhos, com pratos coloridos, sabores e aromas intensos. O polonês dedica uma parte generosa de seu tempo para desfrutar as refeições.

Sopas de todos os tipos não abandonam a mesa nem durante o verão, quando são servidas frias. Mingaus, cereais e sementes variadas complementam as refeições. Nas fazendas polonesas o porco é alimentado a base de leite, batatas e sementes, fazendo que sua carne seja mais saudável e macia. Peixes como a carpa e o arenque também estão presentes nas receitas.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

São Paulo – Bar Central da Vila


Linguiça de cordeiro

Não sou uma pessoa que costuma frequentar os bares e restaurantes da Vila Madalena. Nada contra a região, mas existem outros roteiros gastronômicos em SP (Pinheiros, Itaim, Mooca) que me agradam mais e combinam melhor com o que gosto.

Sábado de Sol, lá fomos nós conhecer o Bar Central da Vila, prestigiar o grupo de samba de raiz de um colega. Salão pequeno e arrumadinho, tem clima de boteco, com grande carta de bebidas, além de petiscos, feijoada e alguns pratos. Além das mesas do lado de dentro, tem algumas do lado de fora, inclusive no meio da calçada, forçando os pedestres a caminhar pela rua – marca registrada da “Vila Madá”.

Taormina – Ristorante L’Incontro


Gamberoni alla griglia

Uma rápida caminhada por Taormina foi suficiente para percebermos o quão cara é a cidade. Sabíamos que a conta do restaurante seria alta, só esperávamos encontrar um lugar com boa comida. A parte muralhada tem muitas opções, todas com ares de “pega-turista”. Após uma pesquisa do TripAdvisor, encontramos este restaurante, tido como um dos melhores da cidade, localizado do lado de fora da muralha. Como fica fora do burburinho turístico, resolvemos arriscar. E quebramos a cara.

Salão agradável, com grandes janelões que permitiam uma bela visão da parte baixa de Taormina. Nos acomodamos em uma mesa na varanda coberta, porém fomos obrigados a mudar de lugar quando um grupo de 6 pessoas resolveu fazer da área seu fumódromo particular. Como escrevi em outro post, infelizmente a Itália ainda está atrasada na questão das leis antifumo, é permitido fumar nas áreas externas, mesmo cobertas. O jeito foi mudarmos para a a frente do salão.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Colle di Val d'Elsa – Officina della Cucina Popolare


Gnocchi di patate con zucchine, melanzane e provolone

Saímos cedo de San Gimignano a caminho de Montalcino, e decidimos fazer uma parada na cidade muralhada de Colle di Val d'Elsa para almoçar. Lugar pitoresco, agradável para uma breve caminhada, com um Centro Histórico bem preservado, embora nosso principal objetivo era conhecer a Officina della Cucina Popolare, restaurante instalado no centro novo e do qual tivemos boas referências.

Ambiente simples, rústico, clean e aconchegante, mesclando alguns objetos de madeira na decoração, como uma cristaleira antiga para acomodar as taças. Na chegada, fomos recebidos com um saco pardo, daqueles típicos de padaria mesmo, com pães quentinhos para beliscar antes ou junto com os pratos.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Greve in Chianti – Cantinetta Sassolini


Bistecca Fiorentina

Localizado no Centro Histórico da minúscula Panzano in Chianti, a Cantinetta Sassolini foi uma das opções que escolhemos para comer na região de Chianti antes do nosso retorno à Florença, fechando nosso tour pela Toscana.

Para quem pensa em conhecer Chianti, região formada por pequenas cidades como Greve in Chianti, Panzano in Chianti, Castellina in Chianti, Lecchi in Chianti, Gaiole in Chianti e Radda in Chianti, sentimos muita dificuldade em encontrar bons restaurantes - assim como em Montalcino, fica claro que o foco da região são os vinhos, e diferente de Montepulciano, onde a comida tem posição de respeito. Depois de muita pesquisa, apenas a Sassolini e a Rignana (que já falamos em outro post) nos empolgaram para conhecer.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Greve in Chianti – Cantinetta di Rignana


Mezzelune di ricotta e tartufo al tartufo fresco

A Fattoria di Rignana é uma pequena vinícola familiar, localizada no borgo de Rignana, em Greve in Chianti, cerca de 30km de Florença. Nos seus 13 hectares cultiva uvas Sangiovese, Cabernet Franc, Merlot e Canaiolo, usados na produção de tintos “Chianti Clássico” e rosés, além de lindas oliveiras. Além de vinhos e azeites, também investe no agroturismo com a Villa di Rignana, uma pousada que permite os visitantes viver um pouco da atmosfera de Chianti, caminhar pelos vinhedos, bosques e colinas, além de degustar os produtos.

A Cantinetta di Rignana é mais uma das atrações oferecidas pela vinícola. Conhecer o restaurante é um passeio imperdível para quem está na região de Chianti, partindo ou chegando em Florença.

domingo, 3 de agosto de 2014

Montepulciano – La Pentolaccia


Tagliatelle al tartufo

Se em Montalcino não tínhamos grandes expectativas a respeito dos restaurantes, chegamos em Montepulciano esperando não apenas uma boa refeição, mas algo para guardarmos na memória.

O La Pentolaccia está entre as melhores mesas da cidade. Com sua cozinha tradicional da Toscana, pratos fartos (os maiores de toda a viagem) e grande habilidade com trufas, massas, carnes e frutos do mar, vai deixar saudades.

sábado, 2 de agosto de 2014

30 dias na Itália: Lucca, Toscana


Piazza dell’Anfiteatro

A origem de Lucca data de 220 a.C, pelas mãos dos etruscos. Tornou-se colônia romana em 180 a.C, e recebeu em 56 a.C. o encontro entre César, Pompeu e Crasso para renovar os termos do Primeiro Triunvirato. A herança romana está presente nas construções histórias e no traçado intacto das ruas.

Na Idade Média, Lucca tornou-se um dos principais centros da Itália, graças à produção de seda, chegando a rivalizar em importância com Florença. Mesmo com sua muralha, viveu em paz até 1799, quando foi invadida pelas tropas de Napoleão. Atualmente tem 80 mil habitantes, todavia o Centro Histórico (área delimitada pela muralha) é pequeno e tem poucos habitantes, o que ajuda a manter os ares de cidade pequena e provinciana.

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