Passei o último fim de semana em Buenos Aires, com a expectativa de realizar boas compras (uma vez que a cidade é conhecida pelos preços baixos), visitar os principais pontos turísticos e, não menos importante, deliciar-me com maravilhosos exemplares de carnes (de Puerto Madero, Recoleta ou Palermo) e massas (do bairro de La Boca, conhecido reduto italiano), isso sem falar de um capítulo especial para os doces – maravilhosos “dulces de leche”, alfajores e sorvetes.
Após quase 3hs de voo desde Guarulhos até Buenos Aires, cheguei em Ezeiza. Não existe uma linha de metrô/trem para conectar o aeroporto e o centro da capital, portanto os turistas têm 3 opções: os remis (taxis privativos de companhias, com guichês no próprio aeroporto, percorrem a distância em 30 mins e custam 150 pesos), taxis na porta do aeroporto (são muitos e pouco recomendados, por razões de segurança) e ônibus, sem dúvida a opção mais barata de todas, porém como segue um roteiro pré-estabelecido, leva quase 2hs pra percorrer os 37km que separam o aeroporto da capital. Por mais que o serviço de remis pareça caro, feche um na Tienda Manuel León sem riscos – afinal, como o real ainda é forte em relação ao peso argentino, o remis sai por volta de 75 reais – mais barato que o trajeto similar de Guarulhos até o centro de SP.
Fiquei hospedado no NH Lancaster (Córdoba com Reconquista, 5 quadras de Puerto Madero e 2 das Galerias Pacífico), um 4 estrelas com acomodação a desejar (cama pequena e colchão duro), mas café razoável (padrão NH, com iogurtes, pães, frios, bolos, sucos, chás). A parte boa: não peguei nada – usei meus pontos do programa NH World.
No quesito compras, confesso que Buenos Aires me decepcionou um pouco. A famosa Galerías Pacífico não tem preços tão vantajosos assim, e a Calle Florida é cara até para os padrões de quem mora em São Paulo. Vale apenas o passeio em ambas, mas não tenha maiores pretensões de compras.
A surpresa positiva ficou por conta das lojas de outlet, localizadas na Av. Córdoba (entre 4200 e 4900) e Calles Aguirre, Malábia e Gurruchaga. Muita loja de moda feminina, mas os homens não ficam abandonados: a loja da Lacoste é tomada por brasileiros em busca de camisas polo por 180 pesos (90 reais), blusas por 170 (R$ 85). Vale a visita nos outlets da Nike, Adidas, Puma. Tinha grande expectativa no da Polo Ralph Lauren, mas fechou, e me deixou na mão.
Outra surpresa positiva em matéria de compras: no requintado bairro da Recoleta, em pleno Buenos Aires Design (galeria localizada na esquina das Avs. Pueyrredón y Libertador), tem um quiosque que vende camisas da Ferrari a preços incríveis – paguei R$ 230 por 4 camisas, sendo 3 da Ferrari (1 polo)! A tia que atende é brasileira, e se chorar um pouco ela ainda te dá um desconto se pagar em cash. Quando estiver lá, aproveite para comer no Hard Rock Café, na mesma galeria, ao lado do quiosque.
Outro ponto legal da viagem foi conhecer o Estádio La Bombonera (Brandsen 805, museoboquense.com), que fica no bairro de La Boca (reduto dos italianos em BAs), pertinho de San Telmo, sem metrô perto, mas onde pode-se chegar facilmente após uma agradável caminhada de 30 minutos desde o centro, que permite um contato rápido com as vizinhanças de San Telmo e La Boca, com suas casas antigas e pequenos comércios.
Uma vez no estádio, compre o tour “Estádio + Museu” por 35 pesos (18 reais). Embora o museu não seja lá essas coisas – pequeno e pobre, só vale a pena pra ficar pertinho e tirar uma foto das taças da Libertadores (6 conquistas: 1977, 1978, 2000, 2001, 2003, 2007) e Mundiais (3 títulos: 1977, 2000, 2003).
A visita ao estádio é um capítulo à parte! Pra quem ama futebol, estar num lugar com tanta história é certamente algo que vale a pena viver intensamente, incluindo registrar o momento por todos os ângulos possíveis.
O tour é guiado em espanhol, mas não se preocupe: 95% dos visitantes são brasileiros. Pode-se visitar as cadeiras abaixo das tribunas, descer até o nível do gramado, entrar no vestiário do Boca e visitar as arquibancadas do lado oposto, com visão para as tribunas. Quando estiver lá, observe que todas as mesas são azuis, com exceção de uma: amarela, bem no meio. Pertence ao Maradona.
Por fim, não perca seu tempo na loja do Boca: tudo é caro! Quer comprar uma camisa? Ande pelas ruas do Caminito, a 2 quadras do estádio – você encontrará mais opções com melhores preços. Se preferir comprar em outro lugar, achar lojinha que venda camisa do Boca em BAs é o mesmo que achar McDonalds em SP – tem uma em casa esquina!
Aproveitando que mencionei o Caminito, fui e não achei nada de mais – muita gente, muita confusão, muito barulho, artistas de rua te abordando pra vender gravuras ou dançar tango, e poucas casinhas coloridas. Vale mais como ponto obrigatório (afinal, alguém pode te perguntar: “Como assim você foi até BAs e não visitou o Caminito??? Que absurdo!!!”) do que como algo legal a fazer na cidade. Se estiver com pouco tempo, pode pular essa parte sem medo.
Em matéria de turismo, a Plaza de Mayo + Casa Rosada são visitas obrigatórias, assim como caminhar pelos diques de Puerto Madero, tirar foto do Obelisco na Av. 9 de Julio... Tudo dentro do recomendado por 10 em cada 10 roteiros de Buenos Aires.
Coisas que não deu tempo de fazer, mas que valem a pena: comer uma torta no Café Tortoni (Av. de Mayo 829, Centro) e deliciar-se com a história do lugar, andar de pedalinho no Parque Tres de Febrero (entre Av. del Libertador e Figueroa Alcorta, Palermo).
(continua...)
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Buenos Aires, parte 1: Compras e Turismo
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