quinta-feira, 30 de abril de 2015

O Viajante Comilão recomenda: Comer & Beber em Bogotá



Por razões profissionais, Bogotá será minha casa por aproximadamente 1 ano. Nada mais justo que aproveitar a oportunidade para explorar a gastronomia local. Cheguei em Bogotá sem muitas expectativas – sabemos que Buenos Aires, Santiago e Lima são redutos gastronômicos importantes da América do Sul, mas não tinha quase nenhuma informação sobre a capital colombiana.

Confesso que fiquei positivamente surpreso com a qualidade dos restaurantes e o preço – para quem vive nas principais capitais brasileiras, comer em Bogotá pode custar entre 30-50% menos que um restaurante similar no Brasil, e isso inclui também o vinho: só para exemplificar, graças a nossa sufocante carga tributária, um vinho italiano pode custar em Bogotá até 30% do preço cobrado em São Paulo.


Chili gyoza de lomo @ Wok

Nosso objetivo é publicarmos reviews de 50 restaurantes em Bogotá, para o(a) turista conheça as diferentes Bogotás que coexistem dentro da maior cidade da Colômbia (seja a tradicional com seus ajiacos, arepas, tamales, empanadas, obleas e patacones, a Bogotá francesa, a Bogotá italiana, a Bogotá oriental, a Bogotá contemporânea...), mas principalmente saiba que, em matéria de gastronomia, Bogotá é muito mais do que o Andrés DC (para quem não conhece, o Andrés DC é o restaurante mais famoso da cidade, tido como "must-see" de 10 em cada 10 guias gastronômicos, mas que embora seja um local incrível por sua decoração e atmosfera, passa longe de ter a melhor gastronomia de Bogotá).


Torta de Bailey's @ Patria

Antes de apresentarmos a lista de restaurantes (basta clicar na foto para acessar o review completo), gostaria de compartilhar algumas informações importantes:

1) Cartão de crédito é muito bem aceito por aqui, embora existam alguns poucos restaurantes que só aceitam dinheiro – sempre que for o caso, mencionarei isso no post. Na hora de pagar, peça o “datáfono”, como eles chamam aqui a maquininha de cartão. Mesmo com senha, você terá que assinar o canhoto, e em alguns casos vão te pedir um documento com foto. Outra pergunta que te farão é o “número de cuotas” (número de parcelas) – parece tentador, mas sempre peça “una cuota”, já que o parcelamento, se for aceito pela sua administradora, incorrerá em juros;


Salmón gratinado con camarón y champiñon @ La Subienda Pescadero

2) Importante dizer que, em geral, os restaurantes incluem o serviço no valor final da conta, mas não sem antes perguntar se o cliente está de acordo em pagar pelo serviço prestado. Quando o restaurante não pergunta, significa que a conta virá sem os tradicionais 10%, e aí cabe ao cliente pedir para incluí-lo (e dizer o percentual desejado) ou simplesmente não deixar nada de serviço - o que, assim como no Brasil, significa que você não gostou da comida, do serviço;


Zucchine e Gamberetti Picante @ Trattoria Nuraghe

3) Reservas: Nos restaurantes mais requintados ou estrelados fazer reserva é obrigatório – sempre que for o caso, mencionarei isso no post. Outro ponto importante: muitos estabelecimentos não trabalham com tolerância em caso de atraso, portanto esteja no restaurante no horário agendado, sob o risco de perder a reserva.


Gordo Burger com extras de bacon e gorgonzola @ Gordo Bar

Este post estará em constante atualização enquanto estiver morando em Bogotá (ou seja, até Agosto) – até agora finalizamos e publicamos reviews de 49 estabelecimentos nas 6 regiões gastronômicas da cidade. A medida em que sejam publicados no blog, disponibilizarei aqui os links para facilitar o acesso:

- Centro Histórico e La Candelaria (ou Zona C): O Centro Histórico de Bogotá não é famoso apenas por sua história e museus, mas também por sua importância gastronômica. Localizada entre Calles 7-12 e Carreras 3E-7, embora seja uma área com restaurantes mais simples, focados no povo que trabalha na região durante a semana, concentra alguns bons achados e pequenos restaurantes com cozinha de autor, além de estabelecimentos reconhecidos pela boa gastronomia colombiana:







- Usaquén: A região concentra três importantes centros de compras, Hacienda Santa Barbara, Unicentro e Santa Ana. Além do famoso mercado de pulgas, a região tem o Parque Usaquén, com suas casinhas em estilo colonial e palco de diversas atrações culturais, e a Carrera 6A, que recebe a tradicional Feria de Usaquén aos domingos. Os restaurantes estão concentrados entre as Calles 114-120 e Carreras 5 e 6A, tem o mesmo perfil dos do Parque la 93, com foco nas famílias, porém as casas são direcionadas para um público mais elitizado:






- La Macarena (ou Zona M): Reduto gastronômico nos arredores do Museo Nacional e Plaza de Toros, localizado entre as Calles 25A-30 e Carreras 1-5. É uma zona mais alternativa e boêmia, com cara de Vila Madalena e Rua Augusta, onde restaurantes e galerias de arte convivem pacificamente. Aqui estão muitos restaurantes com sotaque espanhol, das tradicionais casas de paellas até os bares de tapas:






- Zona Gourmet (ou Zona G): Localizada entre as Calles 67-72 e Carreras 4-7, nos arredores de um dos centros financeiros mais importantes de Bogotá, para muitos esta região concentra os melhores e mais exclusivos restaurantes da cidade, perfeitos para um jantar especial acompanhado por uma bela garrafa de vinho:






- Chicó: Bairro conhecido pelo Parque de la 93, agradável praça localizada entre as Calles 93A-93B e Carreras 11-13, toda cercada de restaurantes, onde não raro são realizados eventos culturais e oficinas para crianças. É uma área bem mais familiar, são poucos os lugares para balada, o perfil dos restaurantes visa um público jovem ou gente disposta a uma refeição despretenciosa, sem gastar muito:




- Zona T (ou Zona Rosa): Localizada entre as Calles 79-85 e Carreras 11-15, é considerada uma das zonas mais badaladas da cidade, onde estão as principais lojas de marcas internacionais e o Centro Andino, um importante centro de compras. Também é conhecida como Zona T, formado por duas ruas peatonais em formato de T. Oferece boa gastronomia, mas é um lugar mais procurado para quem busca agitação e lugares com música no último volume para “rumbar” (expressão daqui que mecla restaurantes e balada) até o sol raiar:



1 comentários:

Anônimo disse...

Sinceramente, não vi de maneira alguma esta discrepância entre os restaurantes de Bogotá e os do Brasil. Pelo contrário, vi vários exemplos de locais mais caros. Meu nome é João Bosco Soares Junior, e moro em Brasília.

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