Mas o grande barato da viagem pode ser resumido com uma simples frase: Come-se MUITO BEM em Buenos Aires! E paga-se pouco por isso!
Temos o país mais bonito, as mulheres mais sensuais, o povo mais alegre, a melhor seleção de futebol (vixi, acho que vou arrumar brigas aqui... rs), e somos superiores aos nossos “hermanos” em muitas outras coisas, mas somos obrigados a reconhecer que, em matéria de carne e doce de leite, eles são imbatíveis. E não tem discussão – coma um bife de chorizo em Puerto Madero, Recoleta ou Palermo, e devore um pote de doce de leite de qualquer marca, e depois venha me dizer que estou errado!
Para os 3 dias de viagem, experimentamos 3 restaurantes:
- Miranda (carnes) - Costa Rica 5602, Palermo Hollywood (próx Avs. Flitz Roy e Rumboldt), parrillamiranda.com
De entrada, pães macios pra tapear a fome. Serviço ágil e atencioso. O bife de chorizo é sensacional, assim como o assado de tira – feitas na grelha, temperadas apenas com sal, possuem sabor marcante de carvão, e são divinamente acompanhados por um molho chimichurri.
Importante: o prato não vem com guarnições – caso queira pedir as (deliciosas) batatas fritas, saiba que, na Argentina, “batatas fritas” são cortes de batata doce frita. Pra ficar com a tradicional french fries, peça por “Papas Fritas”.
Pra finalizar, não vá embora sem pedir a panqueca de doce de leite – sem dúvida a melhor que já comi na vida! No formato de um crepe, tem recheio generoso!
Valor da conta: couvert + prato + sobremesa + bebidas (água, refri), pra 2 pessoas: 160 pesos (80 reais), com serviço.
- Il Matterello (massas) - Martín Rodríguez 517, La Boca
Após visitar o mítico La Bombonera, vale a pena caminhar 4 quadras pra comer uma das melhores comidas italianas da cidade, um verdadeiro achado: Il Matterello.
Restaurante familiar, você não dá nada ao chegar na porta, mas não fique desapontado: entre, coma os pães com gosto, e peça a porção de antepastos quentes (berinjela, abobrinha, tomate, bolinho de verdura, tudo gratinado com queijo).
Mas não se empolgue: separe um espaço especial no seu estômago para os pratos principais. A lasanha é famosa (massa verde com carne cortada na ponta da faca, com molho bechamel e gratinada com queijo), mas o Tortellini Alla Panna (massa verde, recheado com queijo gruiyère, molho branco, gratinada) faz com que você perceba, a cada nova trouxinha, que comer pode ser um dos melhores prazeres do ser humano – confesso que, após vários restaurantes no curriculum, não me lembro de ter comido algo tão saboroso, marcante, inesquecível.
Ainda cabe mais? Arremate tudo com maravilhosos profiteroles (bem) recheados com sorvete de Zabaione, cobertos com chocolate quente. Ufa!
Valor da conta: couvert + entrada + prato + sobremesa + bebidas (água, cerveja), pra 2 pessoas: 220 pesos (110 reais), com serviço.
- Hard Rock Café (carnes e etc.) – Pueyrredón com Av. Libertador (galeria Buenos Aires Design), Recoleta
Sempre que estou em alguma cidade que tem Hard Rock, reservo uma refeição para experimentar o famoso Legendary Burger: hamburgão, bacon, queijo, salada, maionese, 1 rodela de onion rings, tudo acompanhado de fritas.
Isso é o meu “índice Big Mac” – pelo preço vendido em cada cidade, consigo ter uma noção do custo de vida local. Por exemplo, o preço do lanche na Argentina (45 pesos, ou 23 reais) é bem diferente do vendido em Oslo (equivalente a 30 euros, ou 80 reais).
Pela primeira vez, comi um Legendary ruim – hamburguer não estava saboroso, pão esfarelava. Na contramão, as batatas estavam bastante saborosas, que juntas com a pequena porção de maionese ajudaram a diminuir a frustração.
Todo HRC tem um prato local: no de Buenos Aires, é um bem servido bife de chorizo, acompanhado de purê de batatas e abobrinhas grelhadas. Sem dúvida, está entre os melhores que já comi – feito também na grelha, tempero acentuado e leve gosto de carvão.
Valor da conta: prato + bebidas (água, cerveja), pra 2 pessoas: 160 pesos (80 reais), com serviço.
Adicionalmente, tivemos um jantar “caseiro”, regado ao trio queijo + jamón + vinho. Saindo dos outlets, caminhando pela Malabia em direção à Av. Santa Fé, achamos uma lojinha na esquina com a Paraguay, que vendia tudo que precisávamos, mais uma infinidade de acepipes à granel. Saímos com 100g de jamón espanhol, 300g de queijo Fontina (maravilhoso!), pão, enroladinho de jamón, tomate seco e queijo, e uma garrafinha de 187ml brut. Total da conta: 55 pesos (28 reais). De sobremesa, Ferrero Rocher (importado do Brasil, só que bem mais barato). Não prestou...
No quesito doces, Buenos Aires também merece rasgados elogios:
- Não deixe de experimentar o sorvete “dulce de leche tentación” (doce de leite com pedaços de doce de leite in natura) da Freddo (na Galerías Pacífico tem uma loja);
- O doce de leite da “La Salamandra” é bom demais pra ser verdade, pode ser encontrado facilmente em qualquer mercado (também vende no free shop), e é um perigo: uma vez aberto, o grande desafio é não comer o pote todo. Preço: 17 pesos (9 reais) o pote de 250g, e 35 pesos (18 reais) por 850g;
- Alfajores: existem várias marcas, com diferentes coberturas e recheios. Experimente-os sem medo: são baratinhos e vendidos na vendinha da esquina. Para os brasileiros, a referência óbvia é a Havanna, com várias lojas espalhadas pela cidade e um grande quiosque na Galerías Pacífico. Além dos sabores já conhecidos dos brasileiros (doce de leite com cobertura de merengue e chocolate, e o recheado de chocolate), existem outros 3 sabores: chocolate com café, frutas e nozes, este último com cobertura de chocolate branco (e bom de doer, acredite!). Caixa com 24 alfajores: 80 pesos (45 reais).
Domingo à tarde, hora de ir embora. Remis, Ezeiza, check-in, voo. Fiz boas compras, e alcancei com folgas o objetivo de comer maravilhosamente bem (e barato). Já estou planejando a minha volta!
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Buenos Aires, parte 2: Carnes, Massas, Doces, etc.
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