sexta-feira, 25 de julho de 2014

Lucca – Osteria Via San Giorgio


Salmone in crosta di zucchine fiammifero e mandorle tostate

Depois de dar com a cara na porta da Osteria da Rosolo e do De Pasquale, nos vimos obrigados a buscar outro lugar para comer em Lucca. Não queríamos nada turístico, mas não tínhamos um plano C. Após uma breve caminhada pelas vielas da área norte da cidade, tudo fechado. Lucca, a cidade onde os restaurantes fecham na hora do almoço. De repente, sorte: avistamos um porão aberto na Via San Giorgio, parecia um restaurante. Sim, era um restaurante. Estava funcionando, e parecia legal. Entramos às cegas. Arriscamos e gostamos.

A Osteria Via San Giorgio é especializada na “cucina lucchese”. Não sei o que isso significa exatamente, mas dada a proximidade de Lucca com o mar, imagino que seja a mescla de pratos tradicionais da cozinha da Toscana (massas com molho de ragú) com peixes e frutos do mar, exatamente o estilão do menu da casa. O ambiente rústico mantém a atmosfera familiar típica das osterias italianas, com tijolos à mostra, teto de madeira, garrafas de vinho, quadros e objetos espalhados nas paredes, além de cadeiras coloridas. Já a qualidade da comida (e os preços) estão no nível de restaurantes.

Parma – Trattoria del Tribunale


Lasagna Emilia Romagna

Se por um lado a cidade de Parma nos deixou com uma pontinha de frustração, por outro posso dizer que tivemos sorte na escolha do restaurante. Esta trattoria típica foi um achado e salvou nosso “bate-volta”.

Chegamos exatamente às 12hs, e como tínhamos lido que a casa abria às 12h30, esperamos do lado de fora. 12h30 em ponto entramos, perguntamos se estava aberto e sentamos. Alguns funcionários ainda almoçavam, e notei que eles “aceleraram” o fim da refeição, não entendi porquê. Okay, os italianos costumam almoçar mais tarde, mas a casa estava aberta e nos deixaram entrar, certo? Coincidência ou não, só sei que o nosso garçom, um dos que estava na mesa, nos atendeu com um mau humor dos infernos. Sim, ele foi eficiente, não foi mal educado, mas a cortesia passou longe.

Brisighella – Trattoria La Casetta


Cappelletti con brasato al vino rosso

Após uma tentativa frustrada de visitar a parte alta da cidade, devidamente abortada pela chuva, decidimos buscar algum lugar para comer e tentar o passeio à tarde. Uma rápida busca na internet nos levou a esta trattoria, localizada no belo Parco Ugonia, do lado oposto da estação de trem de Brisighella.

O ambiente tem paredes de tijolos à mostra, teto de madeira e uma estante em forma de adega adega com vários vinhos, além de alguns rótulos dispostos em prateleiras. Cadeiras acolchoadas e luz baixa criam uma atmosfera mais intimista, ideal para receber grupos de engravatados na hora do almoço.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Guia do Viajante Comilão: Onde comer em Bologna



Conhecida por ser um dos principais polos gastronômicos da Itália, Bologna tinha que fazer parte do nosso tour pela Emilia-Romagna. Em três dias na cidade, tivemos a chance de provar não apenas o famoso molho bolonhesa (aqui chamado simplesmente de “ragù”), mas também degustar outros sabores típicos da região, como o parmesão e o prosciutto italiano (ambos originários de Parma), e o vinho Lambrusco (nascido em Modena).

Bologna – Trattoria Dal Biassanot


Lasagne Verdi

Localizado bem ao lado do chamado “Little Venice”, esta trattoria marcou nossa despedida de Bologna. Mais um lugar com ambiente tradicional e massas bem feitas, no mesmo nível da maioria dos restaurantes italianos de São Paulo. Aliás, esta foi uma marca das refeições em Bologna: comida boa e bem feita, mas nada surpreendente ou superior ao que temos por aqui.

A ambiente do Dal Biassanot é dividido em dois salões pequenos com decoração bem típica, além de mesas do lado de fora, devidamente protegidas do Sol por um toldo, muito procuradas nos dias com clima mais ameno. Do lado de dentro, as prateleiras com garrafas de vinho circulando o salão principal estão lá, o teto antigão de madeira também, assim como os diversos objetos espalhados e que remetem à culinária italiana, como a linda máquina antiga usada durante anos para fazer as massas da casa e que hoje ocupa lugar de destaque no salão. Na entrada lateral, um semáforo gigante (???) indica se a casa está aberta ou não.

Bologna – Trattoria da Gianni


Tagliollini al ragù

Descobrimos esta agradável trattoria graças ao blog “Cento Trattorie di Bologna”, demos a ela a responsabilidade de nos introduzir à cozinha tradicional bolonhesa e não nos arrependemos da escolha. Escondida em uma viela na Via Clavature, a poucos passos das Duas Torres (Asinelli e Garisenda), é fácil passar em frente e não notá-la – nós andamos a rua de ponta a ponta duas vezes até acharmos o pórtico minúsculo com o letreiro no topo.

Frequentado por locais e turistas, o cardápio tem diferentes tipos de massa com ragú e pratos à base de carnes. O ambiente é agradável e clean, com tijolos à mostra e quadros nas paredes, bastante silencioso mesmo com casa cheia. Foi nossa primeira experiência em uma trattoria em terras italianas, agradecemos por não ter tarantella de música ambiente tampouco bandeiras, flâmulas e camisas de times de futebol espalhadas no salão, muito comuns por aqui.

Bologna – Prima della Pioggia


Gnocchi con prosciutto crudo di Parma e pistacchio

Já havíamos combinado que nossa primeira refeição em Bologna seria no Donatello, tido como um dos melhores da cidade. Chegamos em frente do restaurante às 14h05, encontramos as portas abertas e salão vazio, na porta a dona fumava um cigarro. Um cartaz na porta dizia “horário de funcionamento: das 12h30 às 14h30”. Perguntamos se estava aberto, se podíamos almoçar. A dona largou o cigarro, entrou e chamou o gerente, que prontamente anunciou “já estávamos fechando, mas se vocês quiserem comer, podemos preparar uma salada ou servir uma lasagna, sobraram dois pedaços do almoço...”.

Não amigo, primeiro que é uma sacanagem dizer que o lugar fecha às 14h30, se às 14h05 a cozinha não quer trabalhar mais. Segundo, não vim de longe para pagar caro e comer “dois pedaços que sobraram”. Agradecemos e partimos, furiosos e decepcionados.

sábado, 19 de julho de 2014

Verucchio – Ristorante La Rocca


Tagliatelle al ragù

Localizado aos pés da Rocca Malatestiana, principal ponto turístico da pequena Verucchio, este restaurante cinquentão é uma atração imperdível não apenas pelo ambiente, mas também pela gastronomia bem executada, com ótimo atendimento e preços bastante convidativos.

Com uma parede de rochas de um lado, um janelão com vista panorâmica do vale de Marecchia do outro, o salão é impactante, prende a atenção e conquista os clientes. O resto da decoração é bem clean, com ares tradicionais e predominância de branco, caso das mesas, cadeiras e toalhas, com exceção dos copinhos coloridos que “quebram o gelo” e dão um certo toque de charme.

San Marino – Ritrovo del Lavoratori


Filetto Al Ferri

Depois da boa refeição no Nido del Falco e da decepção no La Fratta, escolher o restaurante para nossa última refeição na Città foi difícil. Não queríamos repetir o Nido, mas ao mesmo tempo não queríamos outra refeição ruim. Novamente usamos as redes sociais para descobrir o Ritrovo del Lavoratori, um restaurante escondido na parte baixa do Centro Histórico. Entramos receosos e saímos quase rolando!

O ambiente é bonito, um janelão de ponta a ponta garante a boa entrada de luz e permite uma bela vista panorâmica da cidade, embora no dia da visita uma neblina forte não deixava enxergar nada. Quando chegamos a casa tinha acabado de abrir, então o salão estava bem vazio, mas ao longo da refeição o salão ficou lotado, mas percebemos que o público era formado principalmente por engravatados, provavelmente trabalhadores das repartições públicas de San Marino. “Isso é um bom sinal”, pensamos.

San Marino – Ristorante La Fratta



Estrategicamente localizado a poucos passos da entrada principal e dos muros do Centro Histórico, é um dos restaurantes mais procurados da cidade e elogiado nas redes sociais, vive apinhado de gente no almoço, de italianos a turistas. O imponente forno à lenha na entrada principal chama a atenção de quem entra, assim como o amplo salão no piso superior, com luz baixa, bem decorado e com garrafas de vinhos espalhadas.

Sim, havia o risco de ser um lugar mais turístico do que tradicional, mas após lermos várias avaliações positivas na Internet, decidimos experimentar. E nos demos mal. O La Fratta foi a nossa primeira decepção gastronômica da viagem, nem o vinho se salvou.

San Marino – Ristorante Nido del Falco


Tagliatelle Porcini

O Centro Histórico de San Marino reúne boa quantidade de restaurantes, mas o grande fluxo de turistas faz da tarefa de fugir dos “pega-turistas” e encontrar uma comida tipicamente local uma tarefa bastante difícil. Neste quesito, sites como Tripadvisor ajudam pouco, para não dizer que mais confundem do que atrapalham. Aqui vale a antiga receita: passe na frente, olhe o cardápio, sinta o ambiente do salão, observe o atendimento e entre se achar que vale a pena, ou vá para o próximo.

Localizado no alto do Monte Titano, a poucos passos da Rocca (ou Guaita), a primeira e mais importante das três Torres de San Marino, o Nido del Falco tem tudo para ser um lugar lotado de turistas como a maioria dos restaurantes do Centro Histórico. Talvez o salão classudo afaste os turistas,  achando que o lugar é caro demais. Talvez a localização privilegiada (é o restaurante mais alto da cidade, com direito a um jardim com vista panorâmica) passe a imagem de “nem vou lá, é pega-turista”  e faz com que as pessoas nem o considerem para comer.

Rimini – Ristorante Amerigo


Gamberi Catalana

Enfim, nossa primeira refeição em terras italianas! Após uma verdadeira Via Sacra que teve mais de 5 horas de atraso do voo partindo de São Paulo, perda da conexão de trem em Milão, um taxista andando feito um louco para não perdermos o último trem do dia, 3 horas no trem até Rimini e ainda uma bela caminhada, com malas pesadas, até o hotel (sem falar que erramos o caminho e andamos beeem mais), tudo o que queríamos era um prato de comida, um chuveiro quentinho e uma cama confortável.

Embora Rimini não seja conhecida pelos seus restaurantes, nossa aposta é que a proximidade com o Mar Adriático oferecia uma boa refeição com frutos do mar, uma merecida recompensa após tanto stress.

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