Chicken Tikka Masala
Restaurante indiano localizado no gastronômico bairro de Usaquén, região norte da cidade. O cardápio mescla pratos de diferentes regiões da Índia, com foco na cozinha do norte do país, em especial a Punjabi (pratos com generoso uso de manteiga, masala, leite e iogurte, marinados na cebola, alho e gengibre e especiarias para acentuar os sabores), e preparados no tandoor (forno vertical de barro onde as carnes e verduras são assadas em longos espetos chamados “seekhs”; já os pães são colados nas paredes do tandoor). São pratos coloridos e perfumados, com carnes tenras e suculentas, sabores ricos e complexos.
Por trás da sociedade está um empresário colombiano e um casal de indianos, que ainda trouxeram dois chefs de lá para garantir a qualidade dos pratos. Dizem que é o melhor indiano de Bogotá, para ser sincero é o único que conheci, e sem dúvidas tem boa qualidade, superior à maioria dos indianos de São Paulo.
Salão interno
Para garantir um sabor mais fiel possível, o Taj Mahal importa grande parte das especiarias usadas nos pratos. O resultado são pratos com sabores frescos, iguais aos consumidos no mesmo nível dos grandes centros de culinária indiana do mundo (Londres, Nova Iorque, além da própria Índia).
O ambiente é requintado e bem decorado sem excessos, dividido entre um salão interno, dividido em dois ambientes, e uma área externa. O atendimento, cordial e super prestativo com todos, desde aqueles novos na cozinha indiana até os mais tarimbados.
Não é um restaurante barato para os padrões de Bogotá, embora os brasileiros não encontrarão diferenças em relação aos indianos que temos – entradas entre COP 13,500 e COP 27,600, pratos principais entre COP 21,600 e COP 43,800, bastami (arroz típico indiano) entre COP 9,900 e COP 24,900, naan (pão indiano) entre COP 4,500 e COP 5,700), bebidas entre COP 4,800 e COP 7,800, sobremesas por COP 12,900.
Reshmi Seekh, uma das entradas
IMPORTANTE: Para fazer o valor do pratos em reais (R$), multiplique o valor em pesos colombianos por 1,2 e depois divida por 1000. Fácil.
Fizemos duas visitas, nas duas os tempos da cozinha foram ótimos, o único deslize foi na preparação do meu Lassi, que demorou uma eternidade para chegar – chegou o couvert, a entrada, o prato principal, e nada da bebida. Para minha sorte o dono estava lá almoçando com a família, viu que algo estava errado comigo, veio até a minha mesa e quando soube o que era foi até a cozinha. Em 30 segundos a bebida estava na minha mesa.
Couvert
O couvert vem com dois pedaços pequenos de naan tradicional, fofinho e quentinho, e três tipos de chutney, de tamarindo, manga (de longe o melhor) e menta, para serem comidos com o naan e acompanhar os pratos.
Da lista de entradas, provamos as saborosas “Vegetable Samosas” (COP 13,500), que ótimas com os chutneys e ficariam ainda melhores com um pouco mais de curry; o “Tandoori Chicken Tikka” (COP 18,500), quatro pedaços de peito de frango incrivelmente macios, mas que diferente do apontado no cardápio não são nada picantes, o que me decepcionou um pouco, e o estranho Reshmi Seekh (COP 20,700), rolinhos de frango moído com especiarias, gengibre, alho e queijo.
Vegetable Samosas
Tandoori Chicken Tikka
A lista de pratos principais é grande. Entre as especialidades, estão 5 opções com diferentes tipos de curry e preparações (Saag, Korma, curry vermelho, Bhuna e Kadhai), que podem ser pedidos sem pimenta ou com níveis de picância baixo (super tranquilo, mesmo para os iniciados) e médio (para os já familizarizados com curry), além do Madras (muito picante) e do Vindaloo (muito muito muito picante). É possível escolher entre paneer (queijo), verduras, frango, pescado, cordeiro ou “langostinos” (camarões grandes).
Nossa primeira experiência foi com o “Chicken Tikka Masala” (cubos de frango feitos no tandoor com masala e molho à base de tomates; COP 27,900), meu prato preferido da cozinha indiana e obrigatório quando visito um restaurante pela primeira vez. Sem dúvidas um prato bem executado, com pedaços tenros de peito de frango e bom molho à base de curry vermelho e masala. Como não conhecia os níveis de picância da casa, pedi com um prato “picante leve”, e achei leve demais.
Bhuna Langostinos
Também provamos o “Curry Cordero” (COP 36,600) com picância mêdia. Pessoalmente não gostei do ponto do cordeiro, alguns pedaços estavam duros, difíceis de desfiar com o garfo e faca. O molho veio abundante, com boa presença de curry (forte, mas no meu caso não suficiente para deixar suando), todavia o gosto do gengibre estava intenso demais e matou um pouco do masala.
Outro prato que agradou foi o Bhuna Langostinos (COP 37,800), que reúne camarões grandes e um molho à base de tomates e cebolas com pimenta negra, cardamomo, sementes de coentro e cominho. Como os outros pratos que provamos, a porção de molho é bem generosa. Servido com picância média (que quiser mudar, é só pedir ao garçom), é um prato para os apaixonados por coentro.
Curry Cordero
Para acompanhar os pratos indianos, sempre peço Garlic Naan, e aqui não foi diferente. O naan do Taj Mahal (COP 4,500) é feito na espessura correta, nem muito grosso para ajudar a pegar os ingredientes com as mãos, nem muito fino para reter o molho. Chega à mesa quentinho, com boa quantidade de alho e manteiga escorrendo.
Garlic Naan
Da carta de bebidas provamos o tradicional Lassi de Manga (COP 7,800), em quantidade reduzida e que usa uma polpa de fruta bem sem graça, e uma boa limonada de coco (COP 6,900) - em tempo: na Colômbia é possível fazer “limonada” com praticamente qualquer fruta, inclusive só com limão. A oferta de vinhos e cervejas cumpre o papel de oferecer os rótulos mais conhecidos, com cervejas nacionais e vinhos chilenos e argentinos mais conhecidos, mas sem surpreender.
Zuccardi “Serie A” Malbec Reserva 2010 (esq) e Lassi de Manga (dir)
Da carta de vinhos, pedimos o bom Zuccardi “Serie A” Malbec Reserva 2010 375ml (COP 43,000), um vinho com ótimo corpo onde quase não se nota os 14,8% de teor alcoolico, e sem aqueles taninos fortes de todo vinho argentino, que parece que você está mordendo a mesa. No nariz predomina a ameixa, já na boca destacam-se figos secos e cerejas. Boa pedida para harmonizar com pratos à base de curry.
Fechamos com a sobremesa mais clássica da Índia, um bem executado “Gulab Jamun” (pequenas bolas de leite em pó e farinha, adoçados com açúcar, cardamomo e açafrão; COP 12,900), morninho, desmanchando na colher e com uma ótima calda de flor de laranjeira com pedaços de pistache.
Gulab Jamun
Endereço: Calle 119B Número 6A-34 - Usaquén
Telefone: +57 (1) 3002790
Horário de funcionamento: Terça à quinta das 12hs às 15hs e das 19hs às 22h30, sexta e sábado das das 12hs às 15hs e das 19hs às 23hs, domingo das 11h30 às 16hs
Internet: http://tajmahal.com.co/
domingo, 9 de novembro de 2014
Bogotá – Taj Mahal (Usaquén)
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