segunda-feira, 7 de abril de 2014

São Paulo – Cão Véio


Fila Brasileiro - Mignon empanado na farinha Panko, recheado com queijos gruyère e gorgonzola, cortado em tiras e servido com um molho à base de tomate picado e pimenta-dedo-de-moça

Gastropub (misto de pub e restaurante) em Pinheiros com cardápio assinado pelo chef Henrique Fogaça, proprietário do premiado Sal Gastronomia, idealizador/organizador do “O Mercado” (o mais importante evento de comida de rua da cidade) e um dos melhores da atual geração. Aqui Henrique tem liberdade para brincar, experimentar e combinar ingredientes que criem pratos emblemáticos com sabores marcantes e preços honestos. Ambiente embalado por blues, jazz e hardcore, ampla carta de cervejas especiais e seleção de drinques completam o pacote “comer bem, beber melhor ainda”.

O chef divide a sociedade com um time de peso, formado por Fernando Badauí (vocalista da banda CPM 22) e Marcos Kichimoto (o “Kichi”, promoter de bandas de rock e ex-roadie do Sepultura). A carta de cervejas tem assinatura de Eduardo Passareli (ex-Melograno e atual Aconchego Carioca), já a elogiada seleção de drinques com whiskey Jack Daniel’s é comandada por Ricardo Bassetto, nome conhecido da noite paulistana (Sonique, Piola, Rock’n Cycles).







O ambiente da pequena casa (apenas 40 lugares) é inspirado no melhor amigo do homem, lembrado por ilustrações de cachorros pelas paredes, uma estátua de boxer sobre uma coluna grega na varanda, e no nome dos pratos, como o “Fila Brasileiro” e “Husky Siberiano”. Vasta coleção de quinquilharias, placas alusivas a marcas de bebidas, sofás chesterfield pretos, cortinas bordô na entrada dos banheiros, cristaleiras e paredes com cores fortes completam a decoração.

Até o ano passado a casa abria durante a semana no almoço (das 12hs às 16hs) e oferecia quatro opções de pratos executivos (ave, carne, peixe e massa) que mudavam toda semana e podiam ser complementados com salada e sobremesa, mas neste ano decidiram focar na proposta gastropub, com um cardápio de sanduíches bem servidos (preços entre R$ 19 de R$ 30) e porções para compartilhar (preços entre R$ 13 de R$ 28), assim você pode provar vários pratos. A maioria das opções leva alguma carne, mas existem algumas (poucas) opções para os vegetarianos.


Scoob Doo - salsicha Frankfurter, queijo gruyère derretido, mostarda marrom, molho de tomate picante e cebola caramelizada  no pão de batata

São ótimas pedidas o “Fila Brasileiro” (R$ 22), que é um mignon empanado na farinha Panko, recheado com queijos gruyère e gorgonzola, cortado em tiras e servido com um molho à base de tomate picado e pimenta-dedo-de-moça; o “Bom pra Cachorro” (R$ 15, seis unidades), um bolinho crocante de arroz acompanhado pelo mesmo molho à base de tomate e pimenta do mignon; o “Santo Mar” (R$ 28), versão do Fogaça para o clássico fish and chips, com cubinhos empanados de pescado (pode ser carapau, pargo ou dourada, conforme a disponibilidade), batata-doce e maionese de limão; o “Bicho do Mato” (R$ 13), pimenta jalapeño com linguiça de cateto gratinada, acompanhado de pão francês fatiado.

Entre os sandubas, brilham o “Rottweiler” (R$ 30), um hambúrguer alto de linguiça calabresa moída, coberto com queijo gouda, vinagrete e folhas de rúcula, acompanhado de mandioca frita; o “Cão Monstro” (R$ 22), carne louca feita de acém cozido na cerveja escura no pão francês, com um toque de creme de queijos; o “Scoob Doo” (R$ 21), um dogão com salsicha Frankfurter no pão de batata, queijo gruyère derretido, mostarda marrom, molho de tomate picante e cebola caramelizada; e o “Mastim” (R$ 21), cupim desfiado com manteiga da garrafa e vinagrete de agrião no pão caseiro de hambúrguer.


Mastim

A carta de cervejas especiais tem cerca de 40 rótulos, a maioria artesanais, com opções escolhidas a dedo para harmonizar com os pratos da casa ou apenas para quem quer beber e ouvir um bom som. Não espere o garçom, vá até a geladeira para ver quais são as brejas do dia e escolher o que vai beber, só passe no bar para anotar o pedido e pegar um copo.

São vários os acertos, como a belga Tripel Karmeliet (R$ 37), a brasileira Bamberg Weizen (R$ 25), a tcheca Bernard Lager (R$ 18), as americanas Founders All Day e Centennial IPA (R$ 22 cada) e a britânica Spitfire (R$ 26). Duas torneiras oferecem opções de chopp bem tirado, que mudam periodicamente, como a clássica Guinness (R$ 18) e a deliciosa Vedett Witbier (R$ 20).


Geladeiras


Founders All Day e Centennial IPA

Apenas duas sobremesas aparecem no cardápio, a “Dama” (R$ 17) combina sorvete de baunilha com cookies em pedaços, praline de castanhas e bastante calda de chocolate, e o “Vagabundo” (R$ 18) junta rabanada de brioche com creme inglês de whiskey e compota de abacaxi. A primeira é gostosinha, mas sem nada de especial, já a segunda tem gosto forte da bebida, suficiente para matar todos os outros sabores.


Dama: no dia da visita, versão com sorvete de chocolate


Vagabundo

Se a cozinha demonstra personalidade e a carta de bebidas merece elogios, o mesmo não podemos dizer no atendimento, demorado e desatencioso mesmo quando a casa está vazia. Não sou o único que diz isso, basta olhar os comentários espalhados nas redes sociais para constatar que o atendimento precisa melhorar muito.

No dia da visita, havia apenas uma mesa ocupada, e mesmo assim demoraram cerca de 10 minutos até notarem nossa presença. Cardápio entregue, o garçom sumiu, reaparecendo outros 10 minutos depois. Fizemos os primeiros pedidos, e as coisas aparentaram que entrariam nos eixos, as bebidas e os pratos chegaram sem maiores demoras. Mas de repente o dito cujo sumiu, DE NOVO. Havia uma outra funcionária no salão, mas ela insistia em nos ignorar. VINTE MINUTOS depois, o barman notou nossa cara de revolta e veio nos atender, pedimos mais algumas bebidas e ao questioná-lo sobre o garçom sumido, a resposta foi “pois é, eu não sei onde ele está, estou atrás dele também”. Oi?

Em tempo: o moleque reapareceu alguns minutos depois, com aquela cara típica de “perdi alguma coisa?”. Você eu não sei, mas eu perdi minha paciência. Até tinha espaço para pedir mais alguma coisa, a cozinha estava entregando bons pratos, mas perdi o tesão. Vale pela comida, vale pela carta de bebidas, mas já saiba que muitas pessoas têm problemas com o atendimento, Dica: ao menor sinal de problema, levante e procure o Badauí, que sempre está por lá. E prefira ir durante o dia (abre para almoço apenas no sábado) ou entre 16hs e 20hs, após este horário o lugar transborda de gente, e o que é ruim pode ficar ainda pior. #ficadica

Endereço: Rua João Moura, 871A - Pinheiros
Telefone: +55 (11) 4371 7433
Horário de funcionamento: Segunda à sexta das 16hs à meia-noite, sábado das 12hs à meia-noite, domingo fechado.
Internet: http://www.caoveio.com.br/

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