terça-feira, 29 de outubro de 2013

Athaliba Bistrô: O melhor picadinho de São Paulo (ESTABELECIMENTO FECHADO)


Picadinho "Athaliba V"

Escondido em uma casinha de fachada simples e discreta na Alameda Campinas, quase esquina com a Lorena, este bistrô de apenas 13 mesas comandado pela chef Elsie Siciliano cativa os(as) clientes desde 2003, do ambiente simples e familiar aos pratos caseiros que resgatam sabores de infância, sendo o picadinho a estrela da casa.

O pequeno salão é dividido em 2 ambientes, a frente é mais iluminada, ideal para famílias e pessoas que querem bater papo, enquanto a área dos fundos é mais intimista, recomendado para casais. As mesinhas na varanda, acompanhadas por floreiras dos dois lados, teriam um ar bucólico não fosse o vai-e-vem intenso dos carros, o que na minha opinião deixa o ambiente barulhento e pouco aconchegante.


Entrada do restaurante

Pensada nos mínimos detalhes para ser aconchegante, a decoração convida o(a) cliente a conhecer um pouco da família da chef, com objetos e fotos antigas – não deixe de reparar na imagem ampliada que estampa a parede dos fundos do bistrô e retrata, em preto e branco, a família de Elsie à mesa - aliás, o nome Athaliba veio da idéia de homenagear seu avô.



Completam a atmosfera aconchegante vasos com rolhas de vinho e vidros de conservas e temperos. No corredor que liga o salão com a cozinha ficam as taças, que formam um bonito contraste entre a cor das paredes e as luzes que iluminam o espaço. Para finalizar, o ambiente é brindado com boa música ambiente, em volume baixo e que não atrapalha as conversas nas mesas.



O cardápio tem saladas, omeletes, risotos, massas e pratos à base de carne, aves e frutos do mar, mas são os famosos picadinhos na ponta da faca, que podem ser feitos com filet mignon ou frango, os campeões de pedidos. São 16 opções, que combinam uma carne suculenta e cortada em pedaços bem pequenos com ingredientes tradicionais como arroz, feijão, banana a milanesa, farofa e pastelzinho de queijo, com outros que ressaltam a criatividade da cozinha, como chutney de maçã, arroz de gergelim, purê de mandioquinha, fatuche.



Do cardápio de picadinhos, prove o “Athaliba V” (molho rotie, tomate cassê, farofa, pastel de queijo, banana a milanesa, ovo poche, arroz e feijão), o “Funghi Chileno” (molho funghi, arroz de açafrão, cenoura cozida) e o “Brasileirinho” (molho rotie, farofa de ovo com calabresa e bacon, banana, arroz e feijão). Cada opção custa R$ 34, e serve bem uma pessoa.


Brasileirinho, visita 1 (fim de semana): porção bem servida de carne e farofa, banana crocante. Espetacular!


Brasileirinho, visita 2 (dia de semana): carne morna, pouca farofa, banana saborosa por dentro e molenga por fora. Não demos sorte.

Do cardápio de carnes e peixes, destaques para o “Steak ao Funghi” (medalhão de filé mignon, molho funghi, risoto parmegiano; R$ 42), o “Bacalhau Irene” (desfiado e puxado no azeite com cebola, ovos mexidos, batata palha e arroz branco; R$ 42). Os risotos possuem bom toque de inventividade – destaques para o “Maçã Verde” (maçã verde, gruyère, prosseco e lâminas de amêndoas torradas; R$ 36) e “Da Vovó” (filé mignon, banana e castanha do pará; R$ 38).

Não gostamos do “Espaguetti Maio” (espaguete ao molho gruyère com camarões à milanesa; R$ 42), com boa apresentação mas minúsculo e sem graça. A quantidade da massa é pequena, lembra mais uma entrada do que um prato principal. Servido com apenas 3 camarões VG à milanesa (e sem gosto) dispostos como decoração, teria melhor resultado se fossem cortados em pequenos pedaços, refogados à parte e misturados com a massa. Para finalizar, o molho não é pesado, mas poderia ter menos creme de leite e mais queijo.


Espaguetti Maio

A lista completa de pratos pode ser consultada no site do bistrô, no endereço http://www.athaliba.com.br/arquivos/cardapio_athaliba_almoco.pdf, inclusive com os preços, o que é muito bom e deveria ser seguido por outros estabelecimentos.

A querida Elsie está sempre presente para controlar de perto o funcionamento da cozinha e manter a qualidade dos pratos e serviço. Sempre com um sorriso no rosto ela circula pelas mesas, conversa com os(as) clientes, pergunta se a comida está boa, sugere a sobremesa.


Casquinha de pastel para beliscar antes dos pratos, uma pequena gentileza da chef Elsie no dia da nossa primeira visita

Em linhas gerais o serviço é muito bom, rápido, atencioso e bastante pessoal, os funcionários mais antigos de casa atendem os(as) clientes com o carinho e atenção da dona, todavia sempre existem itens pontuais a melhorar. Na minha opinião, a qualidade no atendimento precisa ser mais uniforme – importante que os funcionários novos passem por treinamento ou sejam acompanhados de perto nos primeiros dias de serviço para que aprendam como a casa funciona.

Também existem diferenças na qualidade do serviço durante a semana (salão cheio, serviço mais corrido e portanto mais suscetível a erros) e de final de semana (mais tranquilo e sem pressa, é mais fácil gerenciar quando algo sai errado). Serviço rápido e comida de qualidade exigem uma equipe muito preparada e coordenada, outro ponto que precisa ser observado pela casa para evitar deslizes.


Na falta do vinho, a Stelinha nossa de casa dia

Para os amantes de vinho, o bistrô não tem carta. É verdade que eles não cobram rolha, o que convida os(as) clientes a trazerem de casa seu melhor vinho para ser harmonizado com a comida da chef. Todavia, eu acho que eles precisam repensar o modelo, talvez manter uma pequena adega, mesmo com alguns poucos (e bem selecionados) rótulos, pois não temos a cultura de sair de casa para jantar com o próprio vinho embaixo do braço.

Outra opção interessante seria alugar uma máquina Enomatic para servir vinhos em taça. Não raro, principalmente durante o fim de semana, o(a) cliente quer tomar um vinho. É verdade que a resposta negativa não impede que o(a) cliente faça sua refeição, mas sem dúvida é uma oportunidade perdida para otimizar o serviço (e o valor da conta).


Rabanada da Vó Júlia

Do cardápio de sobremesas, a “Rabanada da Vó Júlia” é feita com um pão especialmente criado para este prato, extremamente macio, que recebe uma pequena quantidade de açúcar e uma generosa porção de canela e vem acompanhada de sorvete de creme. Se você gosta daquela rabanada doce e molhadinha por causa do leite (é o meu caso), esta versão é bem diferente, quase nada doce, e vale a pena ser provada. Outra opção é levar um delicioso bem-casado pra comer depois.


Pão usado para fazer a rabanada

Importante: Após alguns recentes ajustes no horário de funcionamento, atualmente a casa abre apenas para almoço de segunda a sábado.

Endereço: Alameda Campinas, 1299 (quase esquina com a Lorena)
Telefone: +55 (11) 3052-2216
Horário de funcionamento: Segunda à sexta das 12hs às 15hs, sábado das 12hs às 16hs
Internet: www.athaliba.com.br

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