sábado, 3 de março de 2012

Avilés – Casa Lin



Próxima parada: Avilés. Terra do Centro Cultural Oscar Niemeyer e da Casa Lin, locais obrigatórios para quem visita a cidade, pequena para os padrões brasileiros (80.000 habitantes), mas a terceira maior do principado, com um dos portos mais importantes da região.

Avilés também é terra de parentes da Luciana, claro.

Inaugurado em Mar/11, o Centro Niemeyer colocou o pequeno município no mapa cultural da Espanha, tornou-se símbolo da cidade e foi o principal responsável pelo aumento dos visitantes à Avilés no último ano. Todavia, após brigas políticas, o Centro foi fechado em Dez/11, sem previsão de reabertura. O instituto – ou o que sobrou dele – não leva mais o sobrenome do arquiteto, uma vez que o contrato de concessão não foi renovado.






Estrutura da ponte que dá acesso ao Centro Niemeyer

Uma pena – construído numa região decadente de Avilés, tinha como principal símbolo permanecer iluminado à noite como “símbolo de cultura e integração da cidade”.

Para quem tiver curiosidade em conhecer mais sobre a arquitetura do Centro Niemeyer, e ver belas fotos do lugar, segue um blog bem legal que achei:
http://renataortiz-interiordesign.blogspot.com/2011/06/centro-niemeyer-o-melhor-presente-para.html

Fundada há mais de 100 anos e desde então no mesmo local, a poucos passos da principal estação de trens da cidade, a Casa Lin é conhecida, frequentada e recomendada pelos asturianos pela qualidade dos seus pescados e mariscos, extremamente frescos, além de ser uma das sidrerias mais conhecidas da cidade.



Descobrimos o lugar por uma indicação de um dos primos da Luciana, viajante experiente, que nos recomendou o lugar para "conhecer a verdadeira sidra e comer bons pescados".

Logo na entrada, o visitante pode estranhar o ambiente: escuro, antigo, barulhento, com serragem no chão e forte odor de sidra – é a sidreria. Passado o impacto inicial, siga para o segundo salão, nos fundos, mas sem antes deixar de notar o aquário com frutos do mar e mariscos, usados nos pratos.

O segundo salão, novo, iluminado, com bom espaço entre as mesas, destaca-se presença de serragem do chão e pela “panera” nos fundos – construção típica asturiana usada para o armazenamento de cereais. Suportada por quatro pilares, cada qual composto por 3 componentes: a base lembra um triângulo, tem uma placa horizontal sobre a ponta achatada, e uma pedra para finalizar. Além de suportar a estrutura, esta formação impede que insetos rasteiros cheguem ao topo. A paneira também tem janelas (ou pequenas aberturas), para garantir a ventilação dos alimentos.



É bastante comum avistar paneras nas casas ao passar de carro pelas estradas, e até existe uma no aeroporto de Piedras Blancas, do lado de fora, assim que o visitante desembarca: é uma forma de dizer aos que chegam “Bem Vindos às Astúrias”.



Chegamos e fomos bem recebidos pelo garçom – um senhor de bigode com cara de bravo, mas que nos atendeu super bem. Obviamente pedi uma sidra, servida como manda a tradição asturiana. Máquina fotográfica na mão, momento devidamente registrado.



99% do menu é composto de pescados, frutos do mar e mariscos, em porções muito bem servidas. Pedi o prato de camarões gigantes no alho e óleo (10 unidades), que estavam grelhados e temperados à perfeição. O trabalho de limpá-los – com as mãos, claro – era recompensado pela carne tenra, gosto de fresca, e extremamente saborosa.



A Luciana não quis provar nada do mar – pediu um medalhão de filet mignon coberto de jamón ibérico, alho frito, guarnecido de batatas fritas, mexilhões e pimentões vermelhos. Meu prato estava sensacional, mas o dela, acreditem, estava melhor que o meu. Poucas vezes comi uma carne tão saborosa em São Paulo – 2 peças de filet mignon com bastante gordura entremeada, temperadas só com sal e pimenta. O casamento com o jamón foi perfeito.



De sobremesas, pedimos a famosa tarta de chocolate com castanhas e creme de baunilha – não é muito doce, recheio denso, casamento perfeito de sabores, de comer de joelhos – , e uma tarta de queso com cobertura de framboesa e chantilly – torta sem graça e cobertura doce ao extremo, tornam o doce enjoativo.





Valor da conta: 2 pratos, 2 sobremesas, 1 sidra, 1 refrigerante = 74 Euros (R$ 220). Não é um restaurante de dia-a-dia, mas certamente podemos classificar a Casa Lin como uma das 3 melhores experiências gastronômicas de toda a viagem.

Endereço: Avenida Telares, 6 (pertinho da estação), 33401 Avilés, España
Telefone: +34 985 56 48 27
Horário de Atendimento: Todos os dias, de 13hs às 16hs e de 20hs até o último cliente

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