São Paulo – Bar Central da Vila

Linguiça de cordeiro

Não sou uma pessoa que costuma frequentar os bares e restaurantes da Vila Madalena. Nada contra a região, mas existem outros roteiros gastronômicos em SP (Pinheiros, Itaim, Mooca) que me agradam mais e combinam melhor com o que gosto.

Sábado de Sol, lá fomos nós conhecer o Bar Central da Vila, prestigiar o grupo de samba de raiz de um colega. Salão pequeno e arrumadinho, tem clima de boteco, com grande carta de bebidas, além de petiscos, feijoada e alguns pratos. Além das mesas do lado de dentro, tem algumas do lado de fora, inclusive no meio da calçada, forçando os pedestres a caminhar pela rua – marca registrada da “Vila Madá”.





No interior do salão o som beirava o ensurdecedor, do lado de fora os clientes fumavam sem parar. Pensamos pela primeira vez “o que estamos fazendo aqui?”, mas respiramos fundo e pensamos “ficamos um pouco, prestigiamos o pessoal, e vamos embora”.

Atendimento ruim, para dizer o mínimo, do tipo que você chama várias vezes, e ninguém aparece; faz pedidos, e nada chega; e parece que só funciona quando você levanta e vai até o balcão reclamar. Segundo o garçom que nos atendeu, naquele dia alguns profissionais tinham faltado, o que tornou o serviço caótico. Anyway, não é culpa minha, até porque presenciei o dono bebendo cerveja tranquilamente e batendo papo com os clientes, enquanto lá na cozinha supostamente o negócio estava um caos.


Polenta

Para abrir os trabalhos, pedimos uma Serramalte (R$ 8,50), que não veio trincando como deveria. Do cardápio, pedimos 4 petiscos: polenta frita (R$ 18), frango à passarinho (R$ 25), linguiça de cordeiro (R$ 30) e buraco quente (R$ 25).

Sabe quando nada te agrada? Pois é. A polenta tinha textura e gosto estranhos, provavelmente porque estava encharcada em óleo. A linguiça era sequinha, mas não tinha aroma nem gosto de cordeiro, parecia uma linguiça suína comum; para piorar, veio com muito orégano, o que interferiu no gosto. O buraco quente tinha carne de menos e molho de tomate de mais, e um pouco de miolo de pão misturado para “render”.


Buraco quente


Cestinha de pães que acompanha a linguiça

Deixei um capítulo para o frango à passarinho. O gosto de óleo velho estava lá, mas a pior parte foi quando abrimos: 80% dos pedaços estavam crus! Sei lá o que aconteceu, se na correria o cara esquentou demais o óleo e não preparou o prato como deveria, só sei que um lugar que não consegue preparar um frango à passarinho dificilmente terá meu respeito.


Frango à passarinho (primeira porção)


Precisa de legenda???

Apenas para registrar, reclamamos e recebemos outra porção (embora nossa desejo era cancelar e não pagar pelo prato), que não estava crua por dentro, mas não estava nada apetitosa (veja a fotoe tire suas conclusões). Metade ficou no prato, e fomos embora com fome.


Olha a aparência da segunda porção que nos serviram!

A brincadeira saiu por R$ 146, incluindo R$ 7 de couvert artístico por pessoa. Ainda bem que consegui parar o carro na rua, senão ainda teria que pagar valet. Na hora de pagar a conta, o dono até veio à nossa mesa e, para desculpar-se dos problemas, quis me dar uma cerveja, como se isso fosse me deixar satisfeito. Recusei, com a certeza de que, com este tipo de postura nada iria mudar. Para esquecer e não voltar nunca mais.

Endereço: Rua Mourato Coelho, 1311 – Vila Madalena
Telefone: +55 (11) 2539-3078